Vou começar pelo fim. "Será que algum dia vou voltar?" Foi a pensar nisso que saí de Saint-Tropez. Agora, voltemos ao iníco.
Não era suposto ir a Saint Tropez e só se decidiu ir à última hora. Achávamos que ficava muito afastado de Cannes e, afinal, tinhamos razão. Um comboio, um autocarro e quase três horas depois chegámos. A primeira impressão foi causada pelos iates âncorados na marina. Depois, quando se contornam as casas à beira do porto, surge um pequeno recanto banhado pelo mar. Ao chegar ao topo, o encanto é total. A imagem da cidade iluminada pelo sol intenso do Verão, com a torre do relógio em amarelo e vermelho em destaque, o calmo e azul Mediterrâneo, onde repousam vários barcos, vai ficar para sempre na minha lembrança.
Saint-Tropez combina o luxo com o pitoresco. Esta outrora vila de pescadores é feita de ruas estreitas, casas em tons de laranja, amarelo e vermelho com as portadas das janelas em verde e azul. À medida que descemos as ruas, começam a surgir as lojas (são pequenas e charmosas) e, com elas, o movimento.
É fácil de perceber o porquê de Saint-Tropez ser tão popular. A sensação de vila pacata à beira do Mediterrâneo é contrabalançada pelo buliço causado por todos aqueles que a procuram.
Já disse que queria lá voltar?